14 de setembro de 2007

Servico Biblico Latino Americano

Sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Exaltação da Santa Cruz (Festa).

Outros Santos do Dia: Cereal e Salustiana (casal cristão, mártires), Cormac de Cashel (rei, bispo), Crescenciano, Vítor, Rosula e General (mártires da África), Crescêncio de Perúgia (menino de onze anos, filho de Santo Eutímio, mártir), Materno de Colônia (bispo), Notburga do Tirol (leiga virgem).

Primeira leitura: Números 21,4-9
Ficarão curados ao olharem para a serpente.
Salmo responsorial: Sl 77 (78), 1-2. 34-35. 36-37. 38 (R. 7c)
Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Evangelho: João 3,13-17
Deus enviou seu Filho para que o mundo se salve.

Em muitos de nossos povoados, a cruz adquire uma simbologia particular. Pode ser de duplo sentido: associar ao Crucificado os próprios sofrimentos e dores, ou encontrar o sentido da solidariedade na dor.

Na sua carta aos Filipenses, Paulo deixou escrito um belo hino cristológico que com certeza era recitado pelas primeiras comunidades cristãs. O convite é para que aquele que crê tenha os mesmos sentimentos de Cristo, porque é chamado a configurar-se plenamente com ele em sua cruz e sua glorificação.

O contexto do evangelho é o diálogo de Jesus com Nicodemos. Aqui se acentua especialmente o acontecimento salvífico: é Deus quem toma a iniciativa. Ele enviou seu Filho unigênito, que volta para ele pelo processo de cruz/glorificação. O ser humano tem de decidir diante de Jesus. Ou o aceita como projeto de vida, ou simplesmente o rejeita. A cruz cobra um novo significado para o fiel. Já não será motivo de vergonha ou ignomínia, mas símbolo do amor infinito de Deus para com a humanidade, e de triunfo da vida sobre a morte.

Nossos povos, oprimidos por cruzes milenares, encontram na cruz de Jesus uma luz de esperança para suas vidas. Nela, descobrem um Deus que se identifica com a dor humana, não para justificá-lo ou encobri-lo de modo fatalista, mas para salvá-lo, libertá-lo, dignificá-lo. A Cruz é prova de amor, compromisso radical com o projeto do Pai revelado em Jesus. A partir dessa perspectiva, carregar nossa cruz implica assumir até o extremo, em total fidelidade à causa de Jesus, a salvação integral de toda a humanidade, remindo-a das imperfeições espirituais e materiais que a impedem de emergir triunfante na glorificação de seu Salvador.

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