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Quarta-feira, 15 de Agosto de 2007. Santos do Dia: Alfredo de Hildesheim (monge, bispo), Arduíno de Rímini (eremita), Arnulfo de Soissons (monge, bispo), Estanislau Kostka (noviço jesuíta), Libânia de Gênova (virgem), Napoleão de Alexandria (mártir), Roberto de Ottobeuren (abade), Tarcísio de Roma (mártir da Eucaristia). Primeira leitura: Dt 34,1-12 Esta passagem mostra uma das formas nas quais os membros da Igreja devem buscar a ovelha desgarrada (18,10-14). À sentença sobre a correção se acrescenta outra sobre a oração (vv. 19-20). A passagem é típica de Mateus. Muitos manuscritos gregos (e a Vulgata) acrescentam a frase preposicional "contra ti"; mas o texto crítico a descarta. Por esta razão, o dever de corrigir não fica limitado às ofensas pessoais. Esta reserva anularia toda a intenção do paralelo precedente. Todo indivíduo pertencente à comunidade deve esforçar-se por ganhar o irmão ofensor, ovelha desgarrada. A maneira que se propõe é primeiramente em particular, para não humilhar o irmão. Porém, se este se mostra recalcitrante, testemunhas deverão ser convocadas para uma nova tentativa. Dt 19,15 recorda que uma só testemunha não é suficiente para tornar alguma coisa válida, mas aqui a norma se aplica com certa liberdade. Se ele não prestasse ouvido deveria ser levado à "ekklesia", à comunidade. Se mesmo assim o infrator não aceitasse, então deveria ser expulso. Em Qumrán se seguia um processo parecido. Recordamos que Paulo realizou algo parecido em Corinto (1 Cor 5, 1-5). Chama a atenção que as palavras usadas para expulsar alguém da comunidade sejam estas "como um gentio ou um publicano", pois não concordam com o tom dos evangelhos, uma vez que Jesus se dizia amigo de publicanos e pecadores. Podemos pensar que as palavras eram expressões de uso corrente para designar pessoas inaceitáveis na comunidade judaica. Neste contexto se entende que "atar e desatar" se refere a "absolver e condenar". Isto pertence à Igreja em conjunto, mostrando que possui os mesmos poderes de Pedro (Mt 16,19). Isto se constata no livro dos Atos dos Apóstolos onde as ações da Igreja são em comum, não só das autoridades. Finalmente, a idéia de assembléia leva por associação à sentença seguinte: "se dois de vocês estiverem reunidos", afirmando aqui a eficácia da oração comum da Igreja. Dois ou três formam já uma assembléia na qual se oferece a oração da Igreja. A razão da eficácia desta oração é que Jesus está presente em toda comunidade de cristãos. Neste texto do evangelho Jesus nos ensina sobre a atitude que deve adotar em primeiro termo diante do pecado e do escândalo, e depois diante do pecador. Trata-se do pecado como tal. Fixam-se os olhos de maneira realista na possibilidade do pecado. A Igreja não é uma comunidade de perfeitos e santos. Quando caímos na conta que nosso próximo caiu, devemos dar o primeiro passo. Devemos aproximar-nos e oferecer apoio (talvez, até repreendendo) ao pecador (cf. Lv 19, 17s). Mateus nos convida a nomear a culpa sem rodeios. Aquele que caiu deve compreender. É importante assinalar, entretanto, que só tem o direito de corrigir quem se considera, de fato, de coração, irmão ou irmã do próximo. A razão pela qual a correção deva ser feita a sós é para que a culpa permaneça o mais escondido possível e, assim, a honra do próximo fique protegida. Somos convidados a ter como Igreja uma atitude misericordiosa e detalhando depois essa atitude de perdão: abordar o pecador em particular. Se o próximo fecha seu ouvido, então deve-se fazer uma segunda tentativa: abordá-lo depois diante de duas ou três testemunhas; a intenção é dar força e aval à correção, tenta-se revigorar a advertência e evitar o último passo, que seria interpelar o pecador, finalmente, em assembléia plenária. A comunidade deve repetir a advertência com todo o peso de sua autoridade oferecendo o último retorno possível, pois a seguir já não haveria outra oportunidade. Como momento especial aquele que foi ofendido é também convidado a ter uma atitude frente a quem o injuriou; neste particular, a última regra é o perdão sem medida. Mateus amplia este ensinamento com a parábola do devedor impiedoso. Podemos observar e alegrar-nos ao mesmo tempo de estarmos nos comprometendo a descobrir que Jesus nos ensina um progresso decisivo frente ao perdão. O Evangelho multiplica os exemplos perante esta nova maneira de viver nossa fé: Cristo perdoa os seus verdugos; Estevão, Paulo e muitos outros, fazem a mesma coisa. O dever do perdão nasce do fato de que também somos perdoados por Deus. Todos somos frágeis e precisamos da correção fraterna. Outra manifestação da caridade é a reunião dos irmãos para orar juntos ou por causa do nome do Senhor. Clique aqui para ver esta página no site do Serviço Bíblico O Serviço Bíblico é contra a prática de SPAM. Você optou por receber nossos e-mails em seu cadastro. Caso não queira mais receber nossos e-mails, envie um e-mail para maciel@avemaria.com.br solicitando o cancelamento. |
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