2 de julho de 2007

Servico Biblico Latino Americano

Segunda feira, 02 de julho de 2007

Santos do Dia: Bernardino Realino (presbítero) , Lidano da Sezze (Abade) , Oto de Bamberga (bispo) , Processo e Martiniano (soldados que vigiaram os Apóstolos Pedro e Paulo no cárcere em Roma, mártires) ,Swituno de Winchester (bispo) ,Urbano (mártir) .

Primeira leitura: Gênesis 18, 16-33
Irás castigar o inocente junto com o culpado?
Salmo responsorial: Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11 (+ 8a)
O Senhor é bom e misericordioso.
Evangelho: Mateus 8, 18-22
Deixa que os mortos enterrem seus mortos.

Jesus aproveita que algumas pessoas desejam acompanhá-lo para fixar as condições necessárias para segui-lo. Dirige-se sucessivamente a um escriba e a um simples discípulo.
Tanto de um de um como de outro Jesus exige a renúncia à própria situação para poder enfrentar sua condição de mestre itinerante, nunca certo de poder dormir nem comer (vv. 18-20). De um deles, exige que rompa com seus laços familiares, por mais sagrados que fossem, como eram os cuidados devidos aos pais na hora da morte (vv. 21-22).

É necessário considerar estas palavras tão duras em seu contexto e em seu gênero literário. Jesus vê já a morte se aproximar e trata de não se cercar mais de discípulos que não sejam capazes de viver naquela perspectiva.

Não se deve perder de vista o contexto no qual se situa seu convite à renúncia. Opõe-se à religião estabelecida, sabe que por isso a cruz já lhe foi destinada. Mas não pode fugir daquela condição. pede a renúncia aos seus, não por ascese pessoal, mas como condição necessária para permanecerem fiéis a si mesmos.

Segui-lo significa viver com um condenado em potencial, porque participam com ele do segredo da morte. A renúncia não faz apologia do sofrimento, não é nem masoquista nem sádica. Não existe senão para garantir a continuidade da ação, a realização da liberdade. Não é covardia, mas pelo contrário, transmite o desejo de resistência. A renúncia não é mais que um aspecto da fidelidade a si mesmo e a Cristo; não é mais que uma forma de viver a condição de discípulo em companhia daquele que a viveu até a morte.

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