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Domingo, 7 de setembro de 2008 Santos do Dia: Alcmundo de Hexham (monge, bispo), Atanásio de Aquiléia (mártir, s.IV), Caríssima de Albi (virgem), Clodoaldo de Paris (abade, s.VI), Estêvão de Châtillon (monge, bispo), Eusíquio de Cesaréia (mártir, s.II), Eustáquio de Flay (abade), Evórcio de Orléans (bispo, s.IV), Facíolo de Poitiers (monge), Grato de Aosta (bispo), Grimônia de Picardy (virgem, mártir), Garibaldi de Dickelvenne (bispo), Gilberto de Hexham (monge, bispo), João de Lodi (monge, bispo de Gubbio, s.XII), João da Nicomédia (mártir), Madalberta de Maubeuge (virgem), Nemório diácono e Companheiros (mártires de Troyes, degolados por ordem de Áquila), Pânfilo de Cápua (bispo), Regina de Autun (virgem, mártir), Sozonte de Pompeiópolis (mártir, s.IV). Primeira Leitura: Ezequiel 33,7-9 A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre nossa co-responsabilidade comunitária. A fé é uma resposta pessoal, mas é vivida no seio de uma comunidade. Por isso todos somos responsáveis pela vida de cada irmão. Ezequiel é profeta do exílio. Apresenta-se como a sentinela de seu povo. Também outros profetas utilizaram essa imagem para caracterizar sua missão. A atitude vigilante é um risco do profeta autêntico. Deverá ficar atento ao que se passa para alertar e prevenir o povo. O verdadeiro profeta está sempre atento à palavra de Deus. Lê os acontecimentos da história e os interpreta à luz da palavra de Deus. O vigia, zelador, segurança, sentinela ou como se chame em nosso meio está a par dos perigos que espreitam o povo. Por isso, o profeta é responsável direto pelo que sua comunidade possa passar. O profeta tem a missão de abrir os olhos. Mas também o povo pode aceitar ou rechaçar a interpelação profética. O que não está certo é passar por cima do perigo. Paulo, na Carta aos Romanos, convida os fiéis a edificarem sua vida sobre a base do amor para que possam responder aos desafios do momento histórico que cabe a cada fiel e a cada comunidade vivenciar. O amor é resumo, síntese vital, compêndio de todo tipo de preceito de ordem religiosa. Assim, Paulo entra em perfeita sintonia com a proposta evangélica. Não rejeita totalmente a lei, mas afirma a superioridade do amor sobre a lei. Quem ama autenticamente não quer prejudicar ninguém. Pelo contrário, sempre buscará a forma de ajudar o irmão a crescer como pessoa e como fiel. A conversão, a metanoia, é mudança para valer da mente e do coração. Quem se converte assume o amor como única "norma" de vida. O amor se traduz em atitudes e compromissos muito concretos: serviço, respeito, perdão, reconciliação, tolerância, compreensão, verdade, paz, justiça e solidariedade fraterna. O evangelho de Mateus nos apresenta a passagem que se denomina comumente de correção fraterna. O texto revela os conflitos internos que vivia a comunidade de Mateus. Encontramo-nos, portanto, diante de uma página de caráter catequético que pretende enfrentar e resolver o problema dos conflitos comunitários. O pecado não é só de ordem individual e moral. Aqui se trata de faltas graves contra a comunidade. O evangelista pretende assinalar duas coisas importantes: não se trata de cair numa permissividade total que conduza ao caos comunitário. Mas tampouco se trata de um rigorismo tal que ninguém possa falar ou enganar-se. O evangelista coloca o meio termo. Trata-se de resolver os assuntos complicados nas relações interpessoais seguindo a pedagogia de Jesus. Longe de um processo jurídico, o evangelista quer deixar claro que se trata antes de tudo de salvar o transgressor, de não o condenar nem o expulsar de imediato. É um processo pedagógico que procura por todos os meios salvar a pessoa. Pois bem, se a pessoa resistir, não aceitar o convite, não der sinais de arrependimento... então, sim, a comunidade se verá obrigada a expulsá-la de seu seio. Ao não aceitar a oferta de perdão, a própria pessoa se exclui da comunhão. Vivemos numa cultura contraditória. Por uma parte, diante da corrupção pessoal e coletiva se assume a postura da permissividade. Por outra, julga-se, condena-se e se excluem as pessoas sem antes ter-se averiguado os fatos a fundo. Quando se trata de difamar uma pessoa, basta que alguém comece para que se vão espalhando por todo lado os comentários, murmurações e calúnias. Os meios de comunicação social, que vivem de boatos ou de sensacionalismos, não poupam sacrifícios para buscar, alterar e tergiversar notícias sobre fatos que se tornem escandalosas. E se não o são, encarregam-se de explorar esse lado. Facilmente se condenam e se estigmatizam pessoas, grupos e instituições que não pensam como todo o mundo, ou agem de maneira diferente ou questionam a ordem estabelecida. Nosso compromisso como fiéis é lutar pela verdade. Nossas famílias e comunidades cristãs devem ser, antes de tudo, lugares de reconciliação e de verdade. Exigir respeito para com as pessoas que se enganam, mas que querem corrigir-se de seu erro é imperativo evangélico. Tampouco se trata de cair em atitudes permissivas ou que favoreçam a impunidade. Mas, antes de tudo, o compromisso com a justiça, a verdade e a reconciliação é uma atitude profética. Como vivemos os valores da verdade, da justiça, a reparação e a reconciliação no interior de nossas comunidades? Que atitude assumimos diante dos meios de comunicação que manipulam e tergiversam a verdade? Sentimo-nos co-responsáveis pela sorte de nossos irmãos? Clique aqui para ver esta página no site do Serviço Bíblico O Serviço Bíblico é contra a prática de SPAM. 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