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Domingo, 30 de setembro 2007 Santos do Dia: São Jerônimo, (Presbítero e Doutor da Igreja), Antonino de Placência (mártir), Gregório, o Iluminador (apóstolo da Armênia), Honório de Cantuária (bispo), Leopardo de Roma (mártir), Sofia de Roma (viúva), Vitor e Urso (mártires de Soleure). Primeira leitura: Amós 6, 1a.4-7 Talvez não haja em outra parábola de Jesus um abismo social tão insuperável como na parábola do pobre Lázaro. A descrição que faz do rico e do pobre evidencia a separação entre os dois. O rico "vestia-se de púrpura e linho, e todos os dias se banqueteava e se regalava. O pobre Lázaro, todo coberto de chagas, estava deitado à porta do rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. Chocante descrição de uma realidade social em que fica bem clara a distância quilométrica entre ricos e pobres. Contudo, poucos metros separavam a mesa do rico da porta em que morre de fome um pobre. O relato da parábola propõe uma inversão dessa realidade social. Ao morrer, Lázaro vai para junto de Abraão e o rico ao inferno. Nas crenças populares, o seio de Abraão corresponde ao lugar privilegiado em que se encontram os pobres dentro do banquete do reino de Deus. Este é presidido por Abraão, e o primeiro lugar nele, ou o regaço em que se reclinam os privilegiados, é para os pobres. O seio representa acolhida, ternura, cuidado. O único lugar em que os pobres podem estar bem é no seio de Abraão, no banquete do reino de Deus! Na parábola, Lázaro é enviado para aquele lugar sem menção de algo especial que tenha feito ou que tenha sido muito religiosos, mas simplesmente que tinha sido pobre e padecido enormes sofrimentos. Em troca, o rico vai para o inferno, lugar de obscuridade e sofrimento reservado para os que não eram justos. Nesta nova situação, o rico se dirige a Abraão, solicitando que Lázaro o console em seus tormentos. Não recorre diretamente a Lázaro. Seu pedido é dirigido a Abraão. Em vida serviu somente às riquezas, viveu confiante em seu privilégio mentiroso, e se achou com o direito de apresentar exigências a Deus por ser descendente de Abraão. Não necessita do pobre.Está reclamando direitos de rico! Mas no reino de Deus esses direitos não são levados em conta. Em troca, aqueles que no mundo foram desprezados sem serem reconhecidos como descendentes do patriarca, no reino de Deus são privilegiados. A expropriação de Abraão das mãos dos privilegiados insensíveis, e sua transformação em um novo Abraão dos pobres e marginalizados, dá à comunidade cristã a autêntica identidade da descendência de Abraão. Será proveniente dele ao ser "regaço" acolhedor de pobres, pecadores e desprezados, e não através de devoções religiosas meramente superficiais, desarraigadas do verdadeiro amor de Deus, que é unicamente tal se se fundamente num efetivo amor ao próximo. A eloqüente parábola que hoje nos apresenta Lucas une-se perfeitamente com o veemente discurso de Amós contra aqueles que vivem "deitados em camas de marfim, comendo pratos finos, tomando as melhores bebidas, cantando felizes e despreocupados sentindo o aroma dos perfumes mais caros, sem afligir-se pelo desgraça dos pobres". Paulo, após ter assegurado a Timóteo que "na raiz de todos os males está a preocupação com o dinheiro" (1Tim 6,10), exorta em seguida ao discipulado de Jesus a fugir disso e a viver a fé na verdadeira piedade, justiça e caridade. Clique aqui para ver esta página no site do Serviço Bíblico O Serviço Bíblico é contra a prática de SPAM. Você optou por receber nossos e-mails em seu cadastro. Caso não queira mais receber nossos e-mails, envie um e-mail para maciel@avemaria.com.br solicitando o cancelamento. |
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