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Domingo, 24 de junho de 2007 Outros Santos do Dia: Alena de Bruxelas (virgem, mártir), Anfíbalo de Verulam (mártir), Bartolomeu de Farne (eremita), Henrique de Auxérre (monge), Ivan da Boêmia (eremita), João de Tuy (eremita), Simplício de Autun (bispo), Teodulfo de Lobbes (monge, bispo). Primeira leitura: Isaías 49, 1-6 Quem seria o verdadeiro "servo de Deus", capaz de realizar sua obra na terra? Na Babilônia, Isaías, o profeta de nossa primeira leitura, faz essa pergunta até o final do exílio. A princípio, pensa no rei Ciro, mas logo se dá conta de que o monarca persa não é mais que um instrumento utilizado pelo Senhor para fazer retornar seu povo do exílio, mas não é o verdadeiro "eleito". Então, começa a vislumbrar a vinda de um personagem totalmente diferente, capaz de conduzir para Deus o coração de seu povo e de ser luz para todas as nações. Quando Paulo, durante suas viagens missionárias, dirige-se aos judeus de Antioquia da Pisídia e quer fazê-los entender que toda sua história passada conduziu a Jesus, fala-lhes de João Batista, o que dá uma idéia do crédito de que este já gozava, inclusive fora da Palestina. Paulo recorda que João chamava para um batismo de conversão, que preparava a salvação definitiva e que soube desaparecer diante daquele que vinha na realidade a responder totalmente à expectativa de Israel. Por outro lado, é preciso lembrar que quando Lucas escreveu seu evangelho estava impregnado das recordações e da linguagem bíblica. Para ele, estava claro que os acontecimentos que ia narrar eram o ápice e o cumprimento da espera do povo judeu e de toda a humanidade. Nada podia, pois, permitir-lhe expressar melhor sua mensagem que o mostrar as correspondências entre o passado mais longínquo, o passado próximo (João Batista) e a plenitude dos tempos cumprida em Cristo. Por isso, o terceiro evangelista relaciona o nascimento de um distante profeta do passado, Samuel, e o de João Batista. Em ambos os casos, as crianças nascem de uma mãe estéril. Tanto um como o outro são dons de Deus e não um simples fruto do desejo humano. São claramente chamados a levar a cabo uma missão num momento crucial da vida do povo de Deus. Samuel, o último dos juízes, foi chamado para responder aos desejos dos hebreus de ter um rei. Samuel consentiu naquilo com reticências, e por ordem expressa do Senhor. Porque nomear um rei em Israel significava esquecer que Deus é o único rei. Contudo, o povo tinha que experimentar os poderes humanos antes de descobrir seu sonho de ilusão: a verdadeira salvação não viria por meio de um príncipe da terra. João introduzirá um outro tipo de rei. Um rei ao qual já o povo não espera num vão desejo de ser "como os demais povos" (1° Livro de Samuel 8, 5.20). Será o eleito de Deus. João surge, portanto, num momento crucial da história da salvação. Como novo Samuel, anuncia a chegada iminente do reino verdadeiro e definitivo. Por isso, permanece nos limites do deserto, na margem simbólica da grande caminhada, mostrando o que vem para conduzir Israel e toda a humanidade para o Reino, quer dizer, para a plenitude da vida. O tempo de vagar ao léu acabou. O dia se levanta. Chega o famoso precursor. Clique aqui para ver esta página no site do Serviço Bíblico O Serviço Bíblico é contra a prática de SPAM. Você optou por receber nossos e-mails em seu cadastro. Caso não queira mais receber nossos e-mails, envie um e-mail para maciel@avemaria.com.br solicitando o cancelamento. |
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